Enquanto Vivem na EscuridãoRubens Santini de Oliveira V - Entidades Manifestantes(9)”As instituições das trevas são estruturadas numa rígida concentração de poder, na mão de alguns líderes. (...) Seus organogramas são bem planejados e implementados como os de uma empresa. (...) Têm seus chefes, seus planejadores, seus executores, operários, guardas. (...) Seus métodos são os do terror pela violência, sua incontestável hierarquia apóia-se num regime disciplinar implacável, rígido, inflexível. Não se tolera a falta, o deslize, a revolta, a desobediência. (...)Aqueles, pois, que resolvem organizar um grupo mediúnico de desobsessão, devem estar bem preparados para enfrentá-los. É preciso enfrentá-los com paciente firmeza e confiança nos poderes que nos sustentam. Nada de ilusões, porém. Não podemos abrir brechas em nossa vigilância, porque penetrarão, sem nenhuma cerimônia, pelas portas das nossas fraquezas, se assim o permitirmos, de vez que nada lhes é sagrado, e tudo se lhes permite.” Dentro os tipos de Entidades que fazem parte dessas falanges, e se manifestam em nossos trabalhos, podemos destacar: (1) O Dirigente das Trevas(9) – “Esta é uma figura freqüente nos trabalhos de desobsessão. Comparece para observar, estudar as pessoas, sondar o doutrinador, sentir mais de perto os métodos de ação do grupo, a fim de poder tomar suas “providências”. Foi geralmente um encarnado poderoso, que ocupou posições de mando. Acostumado ao exercício da autoridade incontestada, é arrogante, frio, calculista, inteligente, experimentado e violento. Não dispõe de paciência para o diálogo, pois está habituado apenas a expedir ordens e não a debater problemas, ainda mais com seres que considera inferiores e ignorantes, como os pobres componentes de um grupo de desobsessão. Situa-se num plano de olímpica superioridade e nada vem pedir; vem exigir, ordenar, ameaçar, intimidar. (...) Não são executores, gostam de deixar bem claro: são chefes. Estão ali somente para colher elementos para suas decisões; a execução ficará sempre a cargo de seus asseclas. Comparecem cercados de toda a pompa, envolvidos em imponentes “vestimentas”, portanto símbolos, anéis, indicadores, enfim, de “elevada” condição.” (2) O Planejador(9)– Este é frio, impessoal, inteligente, culto. Maneja muito bem o sofisma, é excelente dialético, pensador sutil e aproveita-se de qualquer descuido ou palavra infeliz do doutrinador para procurar confundi-lo. Mostra-se amável, aparentemente tranqüilo e sem ódios. Não se envolve diretamente com os métodos de trabalho das organizações trevosas, ou seja, não expede ordens, nem as executa; limita-se a estudar a problemática do caso e traçar os planos com extrema habilidade. Os planejadores são elementos altamente credenciados e respeitados na comunidade do crime invisível. (...) O planejador exerce função importante, porque é dos poucos, ali, que conservam a cabeça fria para conceber os planos estratégicos indispensáveis. Seus companheiros de ação costumam ser impetuosos homens de ação, que se entregam facilmente ao impulso desorientado de partir para ação pessoal isolada, se não tiverem quem os contenha dentro de um inteligente planejamento global, que proteja não apenas os interesses de cada dos componentes isoladamente, mas também a segurança da organização.(...) O planejador é, pois, figura importantíssima na ordenação das tarefas maquiavélicas. Sua perda acarreta uma desorientação geral. É difícil, senão impossível, para os companheiros que permanecem na organização das sombras que alguém tão lúcido e brilhante se tenha deixado convencer por um doutrinador encarnado.” (3) O Executor(9) – “Sente-se totalmente desligado da responsabilidade, quanto às atrocidades que pratica, pois não é o mandante; apenas executa ordens. Usualmente, nada tem de pessoal contra suas vítimas inermes. Agasalham-se na crueldade agressiva e fria, sem temores, sem remorsos, sem dramas de consciência. Quantos deles encontramos nos trabalhos de desobsessão! São remunerados das maneiras mais engenhosas e diversas, as que mais se ajustam à sua psicologia, aos seus vícios e às suas deformações.” (4) O Religioso(9) – “É impressionante a elevada participação de transviados “religiosos” no trágico e doloroso desfile de Espíritos em lamentável desequilíbrio nas sessões de desobsessão. Multidões de ex-prelados debatem-se, no mundo póstumo, em angústias e rancores inomináveis, que se arrastam, às vezes, pelos séculos. Apresentam-se, quase sempre, como zelosos trabalhadores do Cristo, empenhados na defesa da “sua Igreja”. São argutos, inteligentes, agressivos, violentos, orgulhosos, impiedosos e arrogantes. Parece terem freqüentado a mesma escola no Além, pois costumam trazer os mesmos argumentos, a mesma teologia, deformada, com a qual justificam seus impulsos e sua tática.” (5) O Vingador(9) – “Vingar-se é ir à forra, punir alguém por aquilo que fez ao vingador e, por isso, vingança é uma palavra-chave nos trabalhos de desobsessão e esclarecimento. Aquele que se dedica a essas tarefas, precisa estudá-la a fundo, suas origens, suas motivações, seus mecanismos e as soluções que lhe estão abertas. É preciso entender o vingador e aceitá-lo como ele se apresenta, se é que pretendemos ajudá-lo, pois, ele é, antes de tudo, um prisioneiro de si mesmo, através da sua cólera e da sua frustração. Sua maior ilusão é a de que a vingança aplaca o ódio, quando, na realidade, o alimenta e o mantém vivo. Sua lógica é, ao mesmo tempo, fria e apaixonada, calculada e impulsiva, paciente e violenta, e sempre implacável. Envolvido no seu processo, ele nem sequer admite o perdão, e é capaz de perseguir sua vítima através séculos e séculos, ao longo de muitas vidas, tanto aqui, na carne, como no mundo espiritual. Quase sempre a vingança desdobra-se a partir de um caso pessoal, mas é comum encontrarmos também o vingador impessoal, aquele que trabalha para uma organização opressora. O vingador observa, planeja e espera a ocasião oportuna e o momento favorável. Não se precipita, mas não esquece; sempre que pode, interfere, ainda que seja somente para espetar uma agulha em sua vítima indefesa. Casos tremendos e persistentes de obsessão vingativa resultam de amores frustrados, traídos ou indiferentes. Paixões irrealizadas ou aviltadas despertam os mais profundos sentimentos de revolta. De outras vezes, são crimes horrendos, como a assassinatos, espoliações, desonras, difamações, iniquidades de toda sorte. O vingador é aquele que tomou em suas mãos os instrumentos da justiça divina. Não confia nela, ignora-a ou não tem paciência de esperar por ela. Não sabe ainda, que o reajuste virá fatalmente, através da lei da causa e efeito.” (6) Magos e Feiticeiros – Muitas vezes são Entidades ligadas aos trabalhos de magia e despachos de terreiro. Geralmente aparecem utilizando as vestimentas dos rituais e de todos apetrechos necessários para as suas sessões. Chegam nos trabalhos de desobsessão agressivos e indignados por estarem ali contra a sua vontade, prometendo fazer um “trabalho pesado” para acabar com o grupo. Temos que utilizar de uma certa energia com este tipo de Entidade, muitas vezes pedindo para que ele jogue no chão todo o material que trouxe consigo e para que possamos realizar uma verdadeira “queimada” destes objetos, mostrando a ele que a força do Cristo é muito mais eficaz que aqueles rituais que ele pratica nos terreiros. Muitas vezes estes “magos” são inteligentes, com muita experiência e com muito conhecimento das fraquezas humanas, pois vivem disso nas suas práticas ritualísticas. Na sua maioria são insensíveis aos apelos do Amor e do Perdão. (7) Espíritos Suicidas – Geralmente aparecem nas reuniões de desenvolvimento mediúnico. Não necessitam de doutrinação, e sim do choque anímico (energia animalizada do médium) para poder se recompor. Algumas vezes estão revivendo, em forma de alucinação, o momento do ato impensado do suicídio. O doutrinador deverá dar-lhe muito amor e carinho, cabendo ao grupo intensificar as vibrações para acalmar este Irmão que tanto está sofrendo. Uma prece, juntamente com um passe, são os melhores remédios para este momento! (8) Espíritos Desafiadores(10) – “Vêm desafiar-nos. Julgam-se fortes, invulneráveis e utilizam-se desse recurso para amedrontar. Ameaçam os presentes com as mais variadas perseguições e desafiam-se a que prossigamos interferindo em seus planos.” Geralmente utilizam frases do tipo:
(11) “O doutrinador não deve sustentar o medo, em nenhuma circunstância e por razão nenhuma (...) E para combatê-lo nada mais justo que o inteirar-se da Verdade já revelada, assenhoreando-nos das Leis Espirituais que regem o intercâmbio ostensivo ou oculto entre encarnados e desencarnados e que se encontram muito bem estudadas e codificadas por Allan Kardec”. (9) Espíritos Sofredores – Todas as Entidades que se manifestam são, na verdade, Espíritos Sofredores. Aqui apenas queremos realçar aqueles Irmãos que ainda apresentam os males e sofrimentos no momento da desencarnação. Sejam as dores de uma doença, ou das dores de um acidente automobilístico, de um assassinato, ... Aqui podemos utilizar a técnica da “Indução Hipnótica”, que será estudada em um capítulo especial. Mas, podemos aliviar as suas dores também através da Prece e do Passe Magnético. “...há também as Entidades que desejam perturbar o desenvolvimento das tarefas programadas. Para isso tentam envolver os médiuns e demais participantes em vibrações de torpor, agindo por hipnose, à qual todos devem reagir para não serem dominados pela sonolência. Também aqueles Espíritos que se sentem enfraquecidos, debilitados e em estado de prostração podem transmitir ao médium o desejo de dormir.” (Publicado no Boletim GEAE Número 451 de 11 de março de 2003 ) |
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